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FALTA DE MOTORISTAS QUALIFICADOS PREOCUPA MERCADO RODOVIÁRIO DE TRANSPORTE DE CARGAS

 

Está cada dia mais difícil encontrar motoristas qualificados à disposição no mercado. Segundo dados do IPTC – Instituto Paulista de Transporte de Carga – muitos países já sofrem com a falta deste profissional. Nos Estados Unidos, este dado é monitorado há 15 anos, chegando a faltar 60 mil motoristas em 2018. A estimativa é de que em 2028 faltem cerca de 160 mil motoristas. Já na Europa, em 2019, faltaram 127 mil motoristas, principalmente em países como Inglaterra, Alemanha e Espanha, e o Brasil vem acompanhando essa tendência mundial.

Esta escassez de mão-de-obra se deve a dois fatores principais: o alto nível de qualificação exigido dos motoristas e o interesse pela profissão em declínio. Quem confirma esta informação é Adelar Steffler, presidente da Cooperativa de Transportes Vale Log: Com o envelhecimento da categoria e a vinda de caminhões cada vez mais sofisticados eletronicamente, a falta de motoristas já é uma realidade. Muitos estão deixando a função por conta da idade, outros por não ter habilidade de manusear estas novas tecnologias, afirma.

EXIGÊNCIAS DO MERCADO

O motorista que deseja se tornar caminhoneiro precisa passar por todo processo de habilitação, com obrigatoriedade de apresentação de exames toxicológicos regulares, treinamento e certificação, além de obter experiência mínima antes de ser contratado por uma empresa.

“Hoje todo mercado é muito exigente. Precisamos transportar com mais qualidade e menor custo, além de investir em capacitações como direção defensiva e condução econômica. Tudo isso para nos mantermos sustentáveis e transportando com segurança”, afirma Steffler.

DESINTERESSE PELA PROFISSÃO

Um dos motivos pelo desinteresse da profissão está ligado ao rigor da legislação atual. O maior volume de cargas hoje é realizado com veículos que necessitam de habilitação categoria “E”, devendo o motorista ser maior de 21 anos. Isso faz com que os jovens busquem outras profissões antes de ter a chance de se estabelecer como motorista de carga.

O fato é: os caminhoneiros estão envelhecendo. A falta de oportunidade do primeiro emprego, somada a falta de experiência, não permite que jovens ingressem nesta profissão, em veículos de grande porte. Trata-se de uma atividade que muitas vezes passa despercebida – exceto nos momentos em que deixa de ser realizada.

PERSPECTIVAS POSITIVAS

As perspectivas para a classe nos próximos anos são positivas. Segundo relatório do Linkedin sobre Profissões Emergentes em 2020, a de motorista está entre as 15 em ascensão no Brasil. Isso se deve, dentre outras coisas, ao aquecido mercado de logística e transporte. Os motoristas assumiram certo protagonismo durante a pandemia. A categoria não parou e garantiu o abastecimento da população durante a crise sanitária, arriscando a própria saúde para manter o país funcionando.

O FUTURO DA PROFISSÃO

Investir na qualificação dos motoristas já existentes e na formação de novos profissionais são ações que devem ser feitas para garantir o futuro da profissão. Precisamos trazer e dar oportunidade aos jovens e as mulheres, apresentando a eles à realidade da profissão de motorista – os pontos positivos e negativos – mostrando que, com a evolução dos caminhões em termos de tecnologia, e com qualificação e empenho, existe uma ótima oportunidade de crescimento financeiro nesta carreira, finaliza Steffler.

 

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